2.1.08

Limbo (conto um conto sem ponto)

Foi uma noite e pêras!
Bem regada, bem vivida e bem louca, até que, esgotados pelas longas horas de folia, entrámos na casa dela, eu, ela e mais 4 raparigas e 2 rapazes.
O ambiente é um pouco surreal, com as imagens a passar intermitentemente, por força do álcool que circula ainda nas nossas veias.
Rimos sem bem saber bem porquê, com a cabeça à roda numa tontura colectiva. Vejo-os começar a "enrolarem-se" uns com os outros, mas eu não consigo sequer levantar-me. Percebo que é a loucura total, quero participar mas faltam-me as forças. Elas olham para mim, convidam-me. A única coisa que consigo fazer é sorrir, seguido de um acto contínuo de fechar os olhos. Os músculos não me obedecem.
Estou consciente.
A F. aproxima-se de mim e acaricia-me. Tenho tusa... gosto... é bom... quero que continue...
Abre-me as calças e despe-as. Ajoelha-se entre as minhas pernas e quando começa, as luzes "apagam-se". Todo eu sou, neste momento, sensibilidade.
Noto que me pára. Está a meter um preservativo. Ui! Vai ser bom, a F. é muito, muito boa mesmo...
Espera aí, o J. está aqui também... que vai acontecer?
Vira-se de costas e enfia-se toda no rabinho, enquanto o J. a penetra. É estranho, mas o facto de estarmos os três sabe-me bem...
A L. vem até nós mais o C., e ficam ali a observar aquele "carrocel". Os restantes rodeiam-nos, e entre risos e incitamentos, tocam-se, beijam-se e até fazem sexo enquanto nos observam.
Começo a sentir aquele calor louco que me amacia os músculos antes do climax, e parece que a F. sentiu também, pois libertou-se do J. e tirou-me o preservativo. Agarrou nele e colocou-o bem junto da sua boca amparando-o com a língua. Sinto-me vir... não explosivamente mas lentamente, para dentro da boca dela, enquanto ela o agora envolve com os seus lábios fazendo-o desaparecer.
Acordo agora... quantas horas se terão passado?... Terá tudo sido real?... Nah!... Não deve ter sido... olho para baixo e vejo... estou sem calças! Oh! Diabo!...