24.2.07

Cara e Coroa

Aquele assento do carro já conhecia mais histórias, se ele falasse. Mas como não fode... desculpem, pode, fodo, desculpem outra vez, conto eu.
Já tinhamos dado uma, mas ficámos assim, com ela a dizer "Não tires, deixa ficar. É bom.". E ficámos.
Conversámos com ele lá dentro, num abraço sem mãos, numa cumplicidade latente no escuro pouco iluminado do luar.
Assim estávamos quando pela manutenção do "calor" os "calores" subiram.
Quase sem o tirar (e ainda estou para perceber como conseguimos), virou-se e colocou-se de gatas, suspirando para que a penetrasse por trás. Aquela visão para mim é divinica, um rabinho alçado, reguinho preparado e relaxado e aqui vamos nós à aventura. E fomos.
A viagem foi longa e cada vez mais acelerada. Veio-se e veio-se e eu sempre a dar, a cavalgar cada vez mais depressa. Vindo do nada, uma expressão sua conseguiu acelerar-me para a velocidade da luz (por vezes falar estraga, mas uma frase bem dita pode significar a luz) "querido, hoje estás imparável!".
Ui! Como aquilo foi bom de ouvir, especialmente porque sentia que estava mesmo imparável.
Vim-me, e vim-me bem. Mais uma vez, foi muito bom, muito bom mesmo.
Ela sabia como me atingir os pontos certos, os meus pontos g's, e nem sempre eles são físicos.
Nós fomos a cara e a coroa da mesma moeda. Sinto saudades.

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