5.5.07

Hei-de ter-te, ai hei-de hei-de

Já alguma vez se "afeiçoaram" a alguêm que trabalhasse no mesmo sitio que vocês?
Conversavam, brincavam, mas pela posição que cada um ocupava e a sua posição na vida, nunca arranjaram tempo para avançar mais?
E pior que isso, um dia, quase no fim da vossa estada nesse sitio, lançar para o ar um convite para tomar qualquer coisa, e essa pessoa aceitar?
E no fim, na despedida, dois beijos surdos despertarem a mente dos dois ao mesmo tempo, abrindo a caixa de Pandora?
E depois querer mais, mas já não haver tempo nem "espaço" de manobra para tal?
E ter vontade de "subir" e encontrá-la de novo, só para sentir aquele formigueiro miudinho da criança travessa que faz uma traquinice (e olhem que era uma verdadeira traquinice!)?
A distância afastou dois desejos que são um só, nos silêncios que partilhámos proferidos nas palavras que dissémos, e em ambos as mesmas limitações que tornaram mais forte o desejo. Ainda hoje lembro aqueles beijos que dando não demos, aqueles sorrisos que trocámos que pareciam inocentes na incerteza que ambos partilhávamos, nas despedidas de duas pessoas que naturalmente não se despediríam, e mais, isso acontecer quando ninguém estava por perto.
Porque só "abri" os olhos tão tarde?
Será por o português só trabalhar bem sob pressão?
Pois bem, verdade ou não, fo**-me, foi o que foi!

Um comentário:

luafeiticeira disse...

Devias ler o último dexto das gajas boas. Só se perde em não se tentar.
jocas